Tipos de Óleos Lubrificantes

Conceitos e aplicações dos óleos lubrificantes

Tipos de lubrificantes

Óleos lubrificantes – Os lubrificantes podem ser gasosos como o ar; líquidos como os óleos em geral; semi sólidos como as graxas e sólidas como o grafite, o talco, a mica etc. Os lubrificantes mais práticos e de uso comum são os líquidos e os semi-sólidos.

A origem dos óleos

Os óleos lubrificantes podem ser de origem animal ou vegetal, derivados de petróleo (óleos minerais) ou produzidos em laboratório (óleos sintéticos), podendo ainda ser constituído pela mistura de dois ou mais tipos (óleos compostos).

O óleo lubrificante pode ser formulado somente com óleos básicos (óleo mineral puro) ou agregados e aditivos. Inicialmente a lubrificação era feita com óleo mineral puro até a descoberta dos aditivos.

Classificação dos óleos

Quanto à origem, os óleos podem ser classificados em quatro categorias:

Óleos minerais – substâncias obtidas a partir do petróleo e, de acordo com sua estrutura molecular, são classificadas em óleos parafínicos ou óleos naftênicos.

Óleos vegetais – são extraídos de sementes: soja, girassol, milho, algodão, arroz, mamona, oiticica, babaçu etc.

Óleos animais – são extraídos de animais como a baleia, o cachalote, o bacalhau, a capivara etc.

Óleos sintéticos – são produzidos em indústrias químicas que utilizam substâncias orgânicas e inorgânicas para fabricá-los. Estas substâncias podem ser silicones, ésteres, resinas, glicerinas etc.

Aplicações dos óleos

Os óleos animais e vegetais raramente são usados isoladamente como lubrificantes, por causa da sua baixa resistência à oxidação. Os óleos sintéticos são de aplicação muito rara, em razão de seu elevado custo, e são utilizados nos casos em que outros tipos de substâncias não têm atuação eficiente. Já os óleos minerais são os mais utilizados nos mecanismos industriais, sendo obtidos em larga escala a partir do petróleo.

Características dos óleos lubrificantes

Os óleos lubrificantes são submetidos a ensaios físicos padronizados que, além de controlarem a qualidade do produto, servem como parâmetros para os usuários. Os principais ensaios físicos padronizados para os óleos lubrificantes são:

1. Viscosidade – é a resistência ao escoamento oferecida pelo óleo. O ensaio é efetuado em aparelhos denominados viscosímetros.
2. Índice de viscosidade – Mostra como varia a viscosidade de um óleo conforme as variações de temperatura.
3. Densidade relativa – Relação entre a densidade do óleo a 20°C e a densidade da água a 4°C.
4. Ponto de fulgor – Temperatura mínima à qual pode inflamar-se o vapor de óleo, no mínimo, durante 5 segundos. O ponto de fulgor é um dado importante quando se lida com óleos que trabalham em altas temperaturas.
5. Ponto de combustão – Temperatura mínima em que se sustenta a queima do óleo.
6. Ponto de mínima fluidez – Temperatura mínima em que ocorre o escoamento do óleo por gravidade. O ponto de mínima fluidez é um dado importante quando se lida com óleos que trabalham em baixas temperaturas.
7. Resíduos de carvão – Resíduos sólidos que permanecem após a destilação destrutiva do óleo.
Os óleos lubrificantes são classificados por três normas: SAE, API e ASTM.
SAE: Society of Automotive Engineers – (Associação dos Engenheiros Automotivos)- define a classificação do lubrificante conforme a necessidade, normalmente está relacionada à viscosidade do óleo.
API: American Petroleum Institute –(Instituto Americano de Petróleo)- desenvolve a linguagem para o consumidor em termos de serviços dos óleos lubrificantes.
ASTM: American Society for Testing of Materials – (Associação Americana para Prova de Materiais)- Define os métodos de ensaios e limites de desempenho do lubrificante.

Óleos lubrificantes usados nas indústrias

Os distribuidores e fabricantes dos lubrificantes em geral, assim como os fabricantes de máquinas que usam esses lubrificantes, usam a norma ISO (Organização Internacional para padronização), ou ISO VG. A tabela de viscosidade da ISO, é a taxa numérica da viscosidade dos óleos e lubrificantes conforme estabelecido por várias organizações em 1975 para ajudar a padronizar o mercado.